(Silêncio).
J.: Por que você me chamou pra andar de bicicleta, se não fala nada? Vai ficar quieta o caminho inteiro, Bandini? (reclamou, arqueando as sobrancelhas).
J.: Não vai me responder?
J.: Sabe, você é doida, tem língua, mas não fala, o que há?
(ele esperou).
J.: Então?
(ela sorriu e continuou pedalando).
J.: Às vezes eu me sinto um lerdo perto de você, me faz de bobo. Agora ri de mim.
J.: Eu não lhe entendo, o que custa me responder?
J.: Sabe, tenho vontade de abrir você, como numa autópsia, acho que seria a única forma de realmente te conhecer.
(ele olhou de lado, mas ela continuava em silêncio).
J.: Deixa pra lá...
(ele pedalava mais devagar, quase freando, quase querendo ir pra casa).
(Bandini gostava de vê-lo andar de bicicleta, de quando ele tentava chamar a atenção dela e achava que não conseguia, gostava principalmente quando ele tirava as mãos do guidom e fechava os olhos, minutos antes de cair. Gostava dele, mas não ia falar nada).
5 comentários:
*-*
éhh fuii eu q fiz sim*-*
Bonito espacio y bellas letras,
si te gusta la poesía te invito a mi nuevo espacio.
feliz fin de semana.
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Perfeito Bruna *-* .
Beijão
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